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Mensagem a pais e mães


Por um ano e três meses vivi o sonho da maternidade,posso dizer até que fui a "mãe mais feliz dessa terra"! Digo um ano e três meses porquê essa alegria se iniciou no momento em que soube da gravidez,e foi sufocada no dia em que recebi a notícia do óbito da minha bebê, faltavam apenas três dias para que chegasse aos seus sete meses de vida fora do útero. O fato dela ter sido diagnosticada com uma Hidrocefalia congênita não ofuscou minha alegria.Durante toda a gestação o meu maior temor estava relacionada a possibilidade de perdê-la,e não estritamente ligado a idéia de que teria uma "criança especial"-Como dizem. Eu NÃO perdi o chão quando soube desse diagnóstico,eu perdi o chão quando soube da morte dela. Ter um filho com anomalias,má formações,síndromes,paralisia e coisas relacionadas a isso,não é um tormento ou infelicidade para uma mãe (e pai) que ama incondicionalmente seu filho. No momento em que cogitei a possibilidade de uma gravidez, eu me preparava para todo o amor e também as eventuais lutas que acompanham essa nova fase.

Mas existe uma batalha realmente difícil de vencer ou superar...

A morte da minha filha não me tirou a vida,mas amputou uma parte de mim que sempre terei dificuldade de andar sem.

Todos os pais e mães que leem essas palavras,sabem da grande alegria que é sentir constantemente o amor pelo filho crescendo e inundando o coração.

É o amor terreno mais puro que existe,apenas o amor de Deus pela humanidade pode sobrepujar esse amor,nada mais.

Entretanto,nem todos os pais sabem do grande pesar á que me refiro,talvez apenas aqueles que já vivenciaram uma perda semelhante,seja do filho que ainda estava sendo gerado,após o nascimento,na infância,adolescência ou fase adulta,saberão entender cada gota de dor nas minhas palavras. Poderia falar aqui apenas sobre minhas dores,porém,minha intenção maior é propagar uma mensagem: -Pais,parem um pouco para pensar no privilégio que receberam de Deus em poder conhecer o mais nobre sentimento: um amor indelével,inefável,incondicional!

Não estou excluindo a realidade de quão dificultosa é a tarefa de cuidar e educar um filho.O que quero enfatizar é que toda batalha travada em que o amor guerreia, o triunfo é certo. E se você tem dúvidas,apenas lembre-se:nenhuma dificuldade que enfrentar nessa terra pelo seu filho(a) pode se comparar a dor de uma saudade torturante pela certeza da ausência definitiva do filho amado que se foi.

É com essa saudade impetuosa no peito que tenho vivido os meu dias,desde aquela manhã de 07 outubro,quando aquele pequenino coração parou de bater.

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