"De mãos vazias e coração sangrando"
- Claudiana Vieira
- 7 de dez. de 2016
- 2 min de leitura
Na data em que escrevo esse artigo,(07/12/2016),faz exatamente 2 meses que perdi a pessoinha que me mostrou o maior amor dessa vida! É com lágrimas que escrevo,não apenas no intuito de lhes falar desse tempo sem ela,mas para mostrar um texto que fiz poucos dias depois da morte e que não havia compartilhado com ninguém até esse dia. Agora sinto que é o momento...
Quando a Hadassah foi internada,achava que passaríamos uns dias lá,mas que depois
sairia-mos felizes,assim como aconteceu da primeira vez quando nasceu e ficou internada por 24 dias. No entanto,o que aconteceu foi o que nem de longe eu suportaria ter imaginado...
Ao invés de receber aquele papel da alta hospitalar,recebi uma declaração de óbito. Vi o corpo da minha menininha no necrotério,envolto em panos e sacos. Saí de lá com minha filha em um carro funerário e dentro de um caixão! Horas antes,havia me despedido do corpo dela. E foi baseado em todos esses fatos,que o tema dado por mim as palavras que escrevi é este que você leu no título dessa postagem. Foi assim que saí do hospital na tarde daquela nebulosa sexta-feira,07/10/2016...
(Veja a mensagem escrita e também o vídeo posicionado abaixo da mensagem)

DE MÃOS VAZIAS E CORAÇÃO SANGRANDO
"Tudo parou! O pulsar do meu coração pareceu cessar junto com o teu.
Precisava te dizer adeus! Seria a última vez que iria te embalar em meus braços, esses que tanto te ninaram enquanto estavas viva.
Estendi meu braços e te tirei daquele leito frio. Segurei forte,queria sentir seu respirar!
Toquei no teu rostinho e te abracei com intensidade. Aquela já era a força da saudade.
Por um momento achei que estavas dormindo... Mas teus lábios pequeninos que dantes tão viçosos agora estavam pálidos!!!
Fixei os meus olhos nos teus. Tentei elevar a mão e fechá-los, mas não pude: Eles pareciam olhar para mim!
Meus olhos se inundaram e te banharam, aquele foi o último "banho" que te dei.
Precisava te deixar só...Mas como? Nós nunca havíamos nos separado!
A passos lentos fui me despedindo. A dor foi lacerando a alma! Temo que para esse tipo de corte não haja sutura."
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