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Missão cumprida!


Minha Hadassah acaba de chegar ao sexto mês de vida.Isto significa que o período de aleitamento materno exclusivo está concluído. Ela agora irá conhecer outros sabores além do leite da mamãe... Desde o início da gestação,inúmeras vezes me imaginava amamentando. Depois da descoberta da Hidrocefalia,esse sentimento passou a ser mais que uma vontade:se tornou um sonho. Afinal, com tantas incertezas,era natural imaginar a possibilidade dela não ter uma boa sucção ou outro tipo de impedimento, pois soube de alguns bebês com o mesmo problema neurológico dela, que apresentam tais dificuldades. E além disso,o peso da cabeça (principalmente antes da colocação da sonda DVP) dificultava muito. Então,o primeiro desafio veio logo nos meus primeiros três dias pós parto: não havia nem sinal do leite. Isso é comum acontecer nos casos de parto cesáreo e em situações tensas como a que vivi. Mesmo sabendo, foi inevitável não sentir uma certa angústia quando li na alta hospitalar que as mamas estavam pouco "lactantes e sem sinais flogísticos."

Esta foi a conclusão do ginecologista que me avaliou antes da alta hospitalar. Passados três dias pós parto,para meu alívio e alegria, acordei sentindo as mamas cheias. Até então, a minha guerreira estava na Unidade Neonatal, sendo nutrida pelo banco de leite humano do hospital e a espera da cirurgia onde o líquido cefalorraquidiano em excesso seria drenado e a sonda DVP seria colocada. Depois que o meu leite "desceu",tudo mudou e finalmente pude viver o sublime momento de segurá-la nos braços pela primeira vez para amamentar. Deste ponto em diante,junto a imensa felicidade de ver que o meu sonho estava sendo realizado, percebi também o quanto seria desafiador cumprir cada etapa e chegar ao final com o sentimento de dever cumprido. E é exatamente o que sinto agora!

Como sabem,o início do período de aleitamento materno é muito desafiador. Tanto a mãe quanto o bebê estão na fase de adaptação e aprendizado. A pega correta,por exemplo, é primordial. Se essa etapa não for cuidadosamente aprendida, todas as demais podem ser afetadas. Sabendo da importância da amamentação,me preparei bastante no período gestacional buscando informações concretas a respeito. O longo período no hospital também contribuiu para aprender um pouco mais diretamente com profissionais de saúde.

Então,os problemas relacionados a pega foram os comuns a quase todas as lactantes: aquele ardor e peito dolorido no fim do dia... Nada que o tempo não tenha ajudado a melhorar,afinal,o nosso corpo foi preparado fisiologicamente para isso.

Considero que o mais desafiador mesmo foi lidar com uma rotina um tanto exaustiva,logo no período puerpério, em que precisamos de repouso. Precisei vencer constantemente as dores da cesárea e o sono imensurável.

De 3 em 3 horas era necessário estar com ela na Unidade Neonatal. Portanto,às 6 da manhã, meio dia,3 da tarde,e às 18 horas da tarde. Seguindo às 21 horas,meia noite,e às 3 da manhã. Foi assim minha rotina durante vários dias e noites! Quando chegava lá,devido o peso da cabeça,precisava esperar que uma enfermeira viesse me ajudar a pegá-la. Só depois da cirurgia consegui fazer isso sozinha. Devido a dificuldade em achar posição confortável para posicionar a cabeça dela,muitas vezes precisei fazer a ordenha manual do leite. Quando chegamos em casa,segui a mesma rotina de amamentar e também ordenhar o leite.Aos poucos fui me sentindo confiante de que conseguiria concluir aquilo que tanto desejei: Amamentação exclusiva nos primeiros seis meses! Em casa,depois de todo o aprendizado,resisti a todas as demais dificuldades e a vontade de preparar aquela mamadeira para poder dormir mais um pouquinho a noite ou para aqueles momentos que precisei sair de casa e à levei comigo. Sem contar a dificuldade para encontrar a roupa adequada pra amamentar durante todas as trocas de roupa. A cada dia vencido eu aprendia que a perseverança é que me levaria a conquistar o que hoje comemoro.

Tudo que vivi no primeiro mês de vida da minha menina no hospital, serviram de aprendizado para nunca murmurar durante as inúmeras madrugadas acordada em casa nos demais 5 meses que seguiram. Em casa tenho uma cama,uma cadeira,uma rede,enfim, inúmeras possibilidades de conforto para me encostar e amamentar,isso não tive no hospital.

Durante estes seis meses,escolhi perseverar e seguir todas as orientações e recomendações médicas sobre amamentação. Valeu muito a pena! Minha bebê é uma menina forte e cheia de saúde.

Meu objetivo final é que ela continue mamando até os dois anos ou mais,como recomendado. A partir de agora,junto a amamentação vem a introdução alimentar! Brevemente,em outros Post's por aqui, vocês saberão um pouco mais dessa nova etapa.

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