Baixa Autoestima no Pós Parto
São muitas as mulheres que já passaram por essa experiência. No entanto,não são muitas as que conseguem dividir com outras pessoas o que sentiu nos momentos em que se olhar no espelho era motivo de frustração e desânimo.
Diferente de algumas mães,não foi no primeiro mês que tive a experiência com a baixa auto-estima.Até então, eu compreendia que era plenamente natural as marcas,estrias e inchaço da barriga. Tendo um corte enorme de uma cesariana (com indicação médica),eu não esperava menos que isso. Todavia,quando o primeiro mês se passou,o confronto com a minha imagem no espelho me fez entender que o meu antigo corpo e, principalmente à barriga, não seria recuperada plenamente, já que estava marcada por um corte de cerca de quinze pontos. Sendo uns 10 na horizontal e o restante na vertical.
( Foi necessário o corte infra-umbilical para a passagem da cabeça que tinha uns 10 centímetros a mais do tamanho normal devido a Ventriculomegalia). E foi no momento em que provava algumas roupas que usava antes da gravidez, que tive mais um choque de realidade com as novas medidas. No início,esse é um conflito apenas interno. Mas, depois acaba sendo refletido externamente. E fica mais evidente com o que sentimos quando ouvimos pela primeira vez a frase que será ecoada aos nossos ouvidos incontáveis vezes: —"Nossa,como você engordou"
É sabido pela maioria que o padrão de beleza imposto pela sociedade para a mulher pode ser definido mais ou menos assim: "Seja linda!Seja magra e sarada!"
E é aí que devemos tomar o devido cuidado para que esse padrão não venha nos levar a uma depressão pós parto, que muitas vezes é resultado de uma fase onde a baixa autoestima não foi superada.
Não é fácil amar as marcas,eu sei! Mas é facílimo amar a razão delas estarem lá: Somos mãe!
Fomos instrumento de Deus para abrigar no útero uma vida que ele mesmo gerou. Isso é o que de fato importa!
